segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Varizes das Pernas


A Radiologia Intervencionista é um avanço da medicina, com procedimentos minimamente invasivos, trata as varizes de forma segura.

A cirurgia convencional de varizes, no caso da veia safena das pernas, consiste na realização de um corte na virilha e outro na altura dos pés para a retirada da veia, que já não exerce sua função corretamente.
A Radiologia Intervencionista pode tratar varizes de outra maneira, com métodos minimamente invasivos. Em alguns casos sem anestesias, cortes ou internações.

Com a ajuda de um ultrassom o radiologista intervencionista punciona a veia doente, com uma agulha muito fina, e injeta uma substância que vai paralisar a veia fazendo com que o sangue procure novos caminhos.

Varizes

Geralmente as varizes aparecem por volta dos 30 anos de idade, porém se o problemas é comum na família é possível que que a pessoa tenha pré-disposição a ter varizes.
Os sintomas mais comuns das varizes são:

Dores nas pernas
Queimação
Coceira
Câimbras
Etc.

O estado avançado da doença.

O não cuidado com as veias doentes podem ocasionar edemas e úlceras.
Veias doentes com refluxo venoso são chamadas de varizes ou veias varicosas.
O refluxo surge quando ocorre o mau funcionamento das válvulas. Isso faz com que o sangue se acumule em locais indevidos. Após essa etapa alguns sintomas podem se manifestar como a fadiga, dor, queimação e até mesmo coceira.

Na tentativa de um alívio rápido para o desconforto, medicamentos podem ser receitados, assim como repouso com as pernas elevadas, porém é importante ressaltar que mesmo que ocorra a redução dos sintomas a doença subjacente não é eliminada.
No caso do não tratamento complicações podem acontecer, como por exemplo: eczema, inflamações, coágulos, úlceras, tromboses, etc. Estas complicações também podem ser tratadas através da radiologia intervencionista.

Entre em contato para que seu caso seja analisado, bem como um detalhamento de exames em sua consulta inicial, saiba mais sobre o procedimento minimamente invasivo. 


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Homens tem varizes?



Esse também é um problema que atinge o homem, sim. E pode ser tratado e inclusive prevenido com alguns cuidados básicos.

Dores, inchaço e sensação de peso nas pernas não são sintomas que só as mulheres costumam experimentar. Sinais típicos de quem apresenta varizes, eles incomodam muitos homens que também são vítimas da doença. Em média, um em cada cinco representantes do sexo masculino sofre do problema, principalmente na faixa entre 30 e 40 anos. "Varizes são veias tortuosas e doentes. Um defeito em suas válvulas faz com que o sangue circulante se movimente no sentido contrário do natural", explica o cirurgião vascular Kasuo Miyake, doutor em cirurgia pela Universidade de São Paulo (USP) e diretor da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia.

A hereditariedade é o principal agente nessa disfunção. "Se a mãe tem varizes, aumentam as chances de o filho apresentar o quadro também. E no homem, além desse fator, contam obesidade, sedentarismo e o fato de ficar muito tempo parado em pé ou sentado", afirma o especialista.


Demora dolorosa
Diferentemente das mulheres - que em geral percebem e cuidam do problema mais cedo, talvez por razões de estética -, eles sentem dores e inchaço nas pernas, porém demoram a reconhecer que se trata de varizes. Segundo o médico Kasuo Miyake, os pêlos nas pernas masculinas acabam dificultando a identificação da enfermidade em seu estágio inicial. 


E só bem tarde, quando a dor se torna insuportável, geralmente após os 50 anos, é que eles recorrem à ajuda especializada. "Se o tratamento fosse implementado logo que surgissem as varizes mais grossas, o homem evitaria um sofrimento que costuma durar de 10 a 20 anos, geralmente o período em que convive com o incômodo sem fazer nada", diz o cirurgião.


Existem várias formas de reduzir as varizes masculinas. Mas como eles geralmente têm veias varicosadas maiores do que as mulheres, o tratamento mais recomendado é o de laser endovenoso. Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva, que consiste na introdução de uma agulha no interior da veia levando a fibra ótica do laser de diodo. Pela ação térmica, o vaso é fechado e absorvido pelo organismo. 

Simples e eficaz, a técnica necessita apenas de uma única intervenção feita com anestesia raque e o paciente não fica além de uma manhã no hospital. "Já existem mais de cinco gerações de aparelhos usados para este fim. Agora está sendo testado um que é robotizado, melhorando a precisão do laser, capaz de tratar veias safenas sem produzir hematomas ou machucar nervos.

E não há necessidade de repouso pós-operatório", diz Miyake. Estudos apontam que as cirurgias de varizes (incluindo as de retirada da veia) aumentaram 30% nos últimos quatro anos. "Isso quer dizer que um número maior de homens estão aderindo ao tratamento ao perceber que o processo é cada vez mais simples e menos doloroso", afirma o cirurgião vascular. 

Entre os métodos disponíveis, o diretor da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia só faz um alerta em relação à espuma injetada nas veias com a intenção de necrosá-las - o que evitaria a cirurgia. "Acontece que a espuma pode atingir o sistema venoso profundo, coagulando-o. Há, portanto, um risco ainda não calculado de trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar ou cerebral, choque anafilático, deficiência na retina e fibrose pulmonar", diz.

Fonte: uol.

sábado, 5 de maio de 2012

IVC (Insuficiência Venosa Crônica) Conheça as causas, quais os tratamentos

As artérias levam sangue rico em oxigênio do coração para os órgãos, e as veias são responsáveis pelo retorno do sangue dos tecidos para o coração. A insuficiência venosa crônica (IVC) consiste na incapacidade das veias das pernas de bombear um volume suficiente de sangue de volta ao coração.

Há três tipos de veias nas pernas: superficiais, que ficam localizadas próximo à pele; profundas, localizadas nos músculos; e perfurantes, que conectam as veias superficiais às profundas. As veias profundas levam o sangue até a veia cava (maior veia do corpo humano), e daí para o coração.

Quando estamos em pé, o sangue localizado nas veias das pernas precisa lutar contra a gravidade para voltar para o coração. As veias possuem válvulas na face interior da sua parede com a finalidade de evitar o refluxo do sangue durante o seu trajeto. Quando caminhamos, os músculos das pernas (panturrilhas) se contraem, impulsionando o sangue em direção ao coração com a concomitante abertura das válvulas venosas. Quando a musculatura relaxa, as válvulas fecham e impedem o refluxo do sangue. Esse sistema é chamado de “bomba venosa”.

Por outro lado, quando estamos sentados ou em pé, especialmente por um período longo de tempo, o sangue das veias das pernas pode se estagnar, e a pressão das veias aumentar. Veias profundas e perfurantes conseguem suportar bem períodos curtos de pressão elevada. No entanto, em pessoas suscetíveis, que ficam repetidamente sentadas ou de pé por longos períodos, obesos ou pacientes com história prévia de trombose venosa profunda (TVP), pode ocorrer o enfraquecimento das paredes das veias e lesão das válvulas, causando IVC.
Sintomas
Pacientes com IVC podem apresentar inchaço nos tornozelos, sensação de peso, cansaço, inquietação ou dor nas pernas. As pernas também podem apresentar inchaço, como resultado da pressão do sangue nas veias ou da absorção de linfa, produzida pelo sistema linfático para compensar a baixa capacidade de bombeamento. Pode também haver dor nas pernas durante a realização de caminhadas ou logo após sua interrupção. Finalmente, a IVC pode estar associada a varizes. Em casos de doença avançada, podem ocorrer complicações como escurecimento da pele (dermatite ocre), alergias, inflamações e infecções repetidas da pele, e até mesmo úlceras de difícil cicatrização na perna afetada.

Causas

O aumento da pressão no interior das veias e o refluxo do sangue a longo prazo são as principais causas da IVC. Entre outras causas, a trombose venosa profunda (TVP) e a flebite são condições que obstruem o fluxo do sangue, causam lesões permanentes nas válvulas venosas e aumentam a pressão no interior das veias. Essas condições serão brevemente descritas a seguir.

Trombose venosa profunda (TVP): A TVP consiste na formação de coágulos sanguíneos no interior das veias profundas, bloqueando o fluxo do sangue em direção ao coração. O sangue que tenta passar através das veias bloqueadas pode aumentar a pressão sanguínea na veia e sobrecarregar as válvulas, comprometendo seu funcionamento e causando IVC. A TVP é uma condição séria e deve ser tratada imediatamente, para evitar o risco de complicações como embolia pulmonar.

Flebite: Esta condição consiste no inchaço e na inflamação de uma veia superficial ou profunda. A inflamação também pode resultar na formação de coágulos e, consequentemente, no desenvolvimento de TVP.
Outros fatores que aumentam o risco de IVC são história familiar de varizes, sobrepeso, gravidez, falta de exercícios, fumo e ficar em pé ou sentado por longos períodos de tempo. O principal grupo acometido pela doença é composto de mulheres acima de 50 anos.
Diagnóstico
O primeiro passo no diagnóstico da IVC é uma entrevista detalhada feita pelo médico, incluindo aspectos como saúde geral, história familiar e sintomas. Paralelamente a essa entrevista, o médico realiza um exame clínico. Na grande maioria dos casos, o diagnóstico é feito baseado na história e no exame clínico.
O diagnóstico de IVC é confirmado através da realização de uma ecografia vascular com Doppler, exame indolor que permite que o médico verifique a velocidade do fluxo sanguíneo e o grau de refluxo e visualize a estrutura das veias (características da parede, válvulas, trombos recentes e antigos, etc.).
A venografia, exame de raios X que permite visualizar a anatomia das veias através do uso de contraste, raramente é indicada na prática médica atual, exceto nos casos de confirmação diagnóstica em estudos científicos.

Tratamento
Normalmente, IVC leve não é considerada um problema grave de saúde. No entanto, em casos graves de IVC avançada com complicações, especialmente pacientes com história prévia de trombose venosa profunda, a doença é extremamente incapacitante e difícil de tratar. Geralmente, o tratamento visa diminuir a dor e as incapacidades vivenciadas pelo paciente.

Os principais métodos de tratamento para a IVC são descritos a seguir.
Meias de compressão: As meias elásticas comprimem a musculatura da panturrilha, mantendo as veias contraídas. Dessa forma, diminuem o refluxo e a hipertensão venosa. São indicadas para a grande maioria dos pacientes. Tanto ajudam a aliviar os sintomas (nos casos menos graves) quanto a curar ferimentos e evitar que eles retornem (nos casos mais avançados).
O inchaço das pernas e outros sintomas da IVC também podem ser evitados elevando-se as pernas acima do nível do coração e evitando ficar em pé por longos períodos de tempo. Quando esses longos períodos em pé são necessários, pode-se fletir as pernas de vez em quando para permitir que a bomba venosa continue enviando sangue ao coração. Manter o peso ideal também é bastante importante para diminuir o impacto dos sintomas da IVC.
Quando o uso de meias de compressão elástica não é suficiente para o alívio dos sintomas ou o paciente deseja uma solução mais definitiva para o tratamento de sua doença, o médico especialista pode indicar outras formas de tratamento conforme a avaliação de cada caso. No entanto, cabe ressaltar que menos de 10% dos pacientes com IVC precisam ser submetidos a tratamento cirúrgico. Os principais procedimentos cirúrgicos são descritos a seguir.

Cirurgia de varizes: Uma pequena incisão é feita na região da virilha e outra no tornozelo, e o cirurgião então desconecta os principais focos de varizes associados à veia safena. A remoção da veia (safenectomia) pode ser parcial ou total, dependendo do grau de comprometimento. Avaliação criteriosa deve ser realizada. Em alguns casos de pacientes com história prévia de TVP, as veias varicosas são uma via importante, que ajuda no retorno do sangue, e a sua retirada pode piorar os sintomas. 

Tratamento a laser: Nessa modalidade de tratamento, uma pequena fibra é introduzida na veia através de um cateter. A fibra emite energia laser, que oclui a veia doente com refluxo.
 
Ablação: Um cateter fino é inserido na veia doente com refluxo e, por meio de pequenos eletrodos localizados na ponta do cateter, as paredes da veia são aquecidas, destruindo o tecido venoso. As áreas tratadas por esse método param de transportar sangue e, eventualmente, são absorvidas pelo organismo.
O tratamento a laser e a ablação são relativamente novos e, até o momento, não demonstraram superioridade científica em relação aos tratamentos convencionais. Além disso, não são isentos de complicações: dor pós-operatória significativa e despigmentação permanente da pele (manchas brancas) são as complicações mais frequentes. Finalmente, apresentam a desvantagem do custo elevado.

Cirurgia convencional venosa de ponte (bypass): Em casos mais graves de obstruções venosas, esta cirurgia pode ser realizada para tratar IVC na parte superior da coxa ou na pélvis. Durante o procedimento, um novo caminho para o fluxo sanguíneo é construído através de um enxerto (veia safena ou tubo de material sintético), que é conectado acima e abaixo da área afetada, desviando o fluxo. Em geral, o procedimento é seguro, mas há um pequeno risco de desenvolvimento de TVP e infecção, motivo pelo qual sua aplicação se restringe a casos graves.

Reparo valvar: Nesse procedimento, o cirurgião faz uma plastia (concerto) nas válvulas localizadas no interior das veias para melhorar seu desempenho. O acesso às veias é feito através de incisão na pele. Em alguns casos, um revestimento de tecido é colocado ao redor da veia para mantê-la contraída e, assim, melhorar a função valvar. No entanto, esses procedimentos dificilmente são indicados, pois apresentam resultados pouco satisfatórios a longo prazo.
 
Angioplastia venosa: A angioplastia venosa com stent é um procedimento relativamente novo em nosso meio. É realizada uma lise dos trombos recentes e antigos (destruição dos trombos com drogas fibrinolíticas), seguida do implante de stents (tubos feitos de malha de metal) para manter a recanalização venosa. Trata-se de um procedimento com custo muito elevado, risco significativo de sangramento devido ao uso de fibrinolítico e resultados pobres em relação à durabilidade a longo prazo, especialmente para os casos de obstruções venosas extensas.

O cirurgião vascular e endovascular é o especialista mais indicado para ajudar a decidir qual o melhor tratamento para cada caso.